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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O dia que esticou

O DIA QUE ESTICOU
(Anne Lieri)




Era tempo de brincar.
Joãozinho estava feliz porque podia jogar bola, empinar pipa e fazer tudo que tivesse vontade!
Porém,quando chegava à tardinha,sua mãe chamava para tomar banho, jantar e ir dormir.
Ele queria tanto que o dia esticasse!
Dormir era perder tempo!
Queria brincar sem parar!
Na manhã seguinte, pulou da cama cedinho.
Mal abriu a janela e o sol entrou sem cerimônia no seu quarto.
__ Bom dia, João!
Espantado porque nunca tinha ouvido sol falar, o garoto respondeu:
__ Bom dia, sol!
__ Fiz esse dia bem bonito pra você brincar!
Aproveitando que o sol estava de bom humor, Joãozinho pediu:
__ Sol, será que você pode ficar pra sempre?
__ Por quê? Não gosta da lua?
__ Eu gosto. Mas quando ela chega tenho que dormir e eu não gosto de dormir...
O sol concordou para ver onde ia dar aquela brincadeira e o menino saiu todo feliz!
Jogou bolinha de gude, apostou corrida, andou de bicicleta...
Quando chegou a hora da lua nascer, ela não veio e o sol continuou ali.
As mães chamaram seus filhos, mas eles diziam que ainda era dia.
E a criançada continuou brincando.
O sol ficou no céu, olhando tudo, por um dia, dois...
De repente as crianças começaram a ficar cansadas e cairam de sono nas praças, ruas e jardins.
Joãozinho resistia, mas chegou um momento que não conseguiu mais ficar de olhos abertos e... DESPENCOU!
Caiu de sono ali mesmo, embaixo de uma árvore.
O sol o acordou com seu forte calor e luz, perguntando:
__ E então, João? Está gostando do dia esticado?
O garoto esfregou os olhos e respondeu:
__ Foi legal, sol! Mas você poderia chamar a lua?Estou com saudades dela também!
O sol sorriu e foi desaparecendo devagarzinho no horizonte e a lua cobriu a Terra com seu manto de estrelas!

Todas as crianças foram para casa dormir, compreendendo que sem um momento de descanso, não há energia para brincar!



* Conto republicado a pedido dos alunos da professora Maria Thereza.
Obrigada pelo carinho!

sábado, 4 de maio de 2013

Pedro Baleia


PEDRO BALEIA
(Anne Lieri)


Anne Lieri
ilustração de Carlos Klenquen.

Esta é uma história que aconteceu comigo.

Eu sei que é verdadeira porque conheci Pedro Baleia.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Contos africanos


CONTOS AFRICANOS

COMO SURGIU A GALINHA D ANGOLA
(Zuleika de A.Prado)

contos africanos


Antigamente as aves viviam felizes nos campos e florestas africanas, até que a inveja se instalou entre elas tornando insuportável a convivência.

Nessa ocasião, quase todos os pássaros passaram a invejar a família do Melro, que era muito bonito.

O macho, com sua plumagem negra e seu bico amarelo –alaranjado, despertava em todos a vontade de ser igual a ele.

As fêmeas tinha o dorso preto, o peito pardo-escuro, malhado de pardo-claro, e a garganta com manchas esbranquiçadas. Elas causavam inveja maior ainda.

O Melro, vaidoso, certo de sua beleza, prometeu que se todas as aves o obedecessem usaria seus poderes mágicos e os tornaria negros com plumagem brilhante.

Entretanto, os pássaros logo começaram a desobedecê-lo. Então ele, furioso, jurou vingança, rogou-lhes uma praga e deu-lhes cores e aspectos diferentes.

Para a Galinha D”Angola, disse que seria magra e sentiria fraqueza constante. Fez com que seu corpo se tornasse pintado assim  como o de um leopardo.

Dessa forma, seria devorada por aqueles felinos, que não suportariam ver outro animal que tivesse o corpo tão belo, pintado de uma maneira semelhante ao deles. Ela pagaria assim por sua inveja. E foi isso que aconteceu.

Desde esse dia a Galinha D”Angola, embora seja muito esperta e voe para fugir dos caçadores, vive reclamando que está fraca, fraca.

Com suas perninhas magras, foge com seu bando assim que surge algum perigo e é muito difícil alcançá-la. Suas penas, cinzas, brancas ou azuladas, são sempre manchadinhas de escuro tornando as galinhas d”angola belas e cobiçadas.




Referências.

PRADO, Zuleika de Almeida. Muitos mitos, lindas lendas. Editora Callis, 2007. São Paulo. 1ª. Edição. Ilustrações de Iontr Zilberman. P. 9.


Clique aqui para ler mais contos.




quarta-feira, 20 de junho de 2012

Quando a esmola é demais...



dança




QUANDO A ESMOLA É DEMAIS...
( Anne Lieri)



Lá ia Severino contente para o forró.
Tinha recebido uma entrada gratuita.

Ao olhar no espelho e se sentiu com o rei na barriga.
Pensou que dessa vez não iria ficar a ver navios.

Estava nos trinques: a camisa verde, o paletó xadrez e a calça jeans da hora! Sapato de duas cores tinindo de brilhante!
Era hoje que iria acertar na mosca!

Saiu assobiando pelas vielas de sua pequena cidade e chegou á beira do rio onde se juntavam os forrozeiros e gazeteiros da região.

Severino chegou, chegando... com a corda toda!
Esticou os olhos pras moças: uma mais formosa que a outra!
O pobre quase teve um chilique!

Criou coragem e escolheu a mais bonita prá dançar: uma baianinha arretada de gostosa!
Logo de cara tomou a maior tábua!

Não desistiu: sentiu que aquela noite estava com as costas quentes!
Chegou junto á segunda mocinha também uma gata: outro não!

Resolveu tomar umas e outras só prá dar coragem.
No balcão, confabulou um dedo de prosa com uma loira de minissaia que estava sentada no bar.
Ela o mediu com olhar de peixe morto e o mandou parar com aquela conversa sem pé nem cabeça.




Severino já estava começando a colocar chifre em cabeça de cavalo, pensando que não estava com a bola toda, afinal!

Não quis dar bandeira e continuou botando banca, desfilando em frente ás meninas.

Foi então que viu aquela morena de fechar o comercio e ficou gamado. O único problema é que a menina estava de costas.
Não iria tomar chá de cadeira...
Caiu na rede é peixe!

Aproximou-se da bela morena e com toda gentileza a tirou para dançar, mas quando ela se virou era o cão chupando manga!

Severino nunca tinha visto baranga igual, ainda mais quando ela sorriu mostrando seus poucos dentes e com o maior bafo de onça.

A vaca tinha ido pro brejo!
Ela aceitou e o coitado teve que cair na gandaia, apesar do balde de água fria que levou!

Aguardou uma distração da parceira e picou a mula, resolvido a deixar as barbas de molho da próxima vez!

Quando a esmola é demais o santo desconfia!



quarta-feira, 13 de junho de 2012

A salvação da Negrinha


menina




A SALVAÇÃO DE NEGRINHA
( Anne Lieri)

Anos quarenta.
Zona sul de São Paulo.
Bairro da Capela do Socorro.

Sr. Moreira era dono da padaria do Largo do Socorro. Homem sério, trabalhador e com família grande para sustentar.

Certo dia estava com sua filha, Alice, que tinha entre quatro e cinco anos, próximo á Ponte do Socorro que dava acesso a um rio.

Um homem vinha com um saco de farinha cheio de filhotes de cachorros e a menina Alice logo se encantou.

_ Posso ver moço? Posso?

O rapaz abriu o saco e ali estavam os mais lindos cachorrinhos que Alice já havia visto!

De todos a mais branquinha a olhou com os olhos melosos e lambeu a sua mão.

Naquele tempo não havia a conscientização para a castração e os direitos dos animais. As ruas viviam cheias de cães abandonados e esse homem pretendia afogar aqueles cachorrinhos no rio.

_ Posso ficar com um, moço? Posso?

Olhou para o pai.

_ Posso ficar com um, pai?

O Sr.Moreira já tinha muitas bocas para alimentar e a vida não era fácil, de modo que não gostou muito da ideia, mas Alice era insistente e não parava de pedir.

_ Posso ficar com essa Branquinha? Olha pai, ela gostou de mim!

O coração do velho Moreira era mole, apesar da aparência de “durão”.

O homem dos cachorros foi logo dizendo:

_ Esses cachorrinhos estão fraquinhos. Nem desmamaram. Vão morrer de qualquer maneira...

Mas Alice retrucou, com o olhar cumprido:

_ Eu cuido dela, pai... Dou leite, coloco numa caixinha bem quente...

Seu pai olhou para o moço, como a pedir sua opinião. Estava numa tremenda saia justa, porque mais que tudo, amava aquela filha, sua mais espevitada!

_ Eu aviso: ela não vai vingar, mas se quiser tentar... vou jogar no rio de qualquer jeito! Tanto faz morrer hoje, como daqui a dois dias...

_ Ah, pai! Deixa que eu fique com ela!...É tão bonitinha!...

Diante do pedido insistente de Alice, seu pai cedeu e, a menina foi contente para casa com sua nova cachorrinha.

Sr Moreira arrumou um nome pomposo para a cadelinha, mas Alice cismou de chamar a branquinha de “Negrinha”.

Não perguntem a ela o porque, pois nem ela sabe.

Colocou Negrinha na caixinha, agasalhou, deu leite, cuidou como se fosse um bebê e a cadelinha cresceu, forte e sadia!

Passado algum tempo todos os vizinhos da Avenida de Pinedo onde moravam conheciam a Negrinha!

Alice corria para lá e para cá com a pequenina:

_ Negrinha! Negrinha!...

E Branquinha obedecia, indo atrás da menina...

Foi assim que Negrinha foi salva por Alice de morrer afogada!


* Essa é uma história verdadeira, contada por minha mãe, Alice , a quem 

dedico essa postagem de hoje!


cachorros


Chegou o Edu com essa linda homenagem:




Família grande para sustentar

Sr. Moreira homem sério trabalhador
Alice cismou a Branquinha de Negrinha chamar
Sr, Moreira desse nome ser o inventor!
A Negrinha ser uma cadelinha
Que pretendiam afogar
Mas Alice a colocou numa caixinha
Para da morte a salvar!

sexta-feira, 2 de março de 2012

A árvore da felicidade




arvores


A ÁRVORE DA FELICIDADE
( Anne Lieri)

Este conto foi um dos primeiros que escrevi e sempre que posto, agrada bastante, por isso resolvi repostá-lo hoje: o mundo precisa de muita felicidade!
Espero que gostem!

jardim

EXISTIU NO ANTIGO JAPÃO A LENDA DE UMA ÁRVORE MÁGICA QUE DIZIAM TRAZER Á TODOS QUE PASSASSEM POR ELA FELICIDADE E REALIZAÇÃO DOS DESEJOS.
A PEQUENA HARU MORAVA NUMA ALDEIA COM SUA FAMÍLIA E JÁ OUVIRA SUA AVÓ CONTAR ESSA LENDA,TENDO O SONHO INFANTIL DE ENCONTRAR ESSA ÁRVORE.SUA FAMÍLIA VIVIA EM DIFICULDADES.

contos

CERTA MANHÃ ELA E ANISAN,SEU IRMÃO,BRINCAVAM PELAS REDONDEZAS QUANDO VIRAM UM VELHINHO SENTADO NUMA PEDRA E DELE SE APROXIMARAM.
_ BOM DIA!
_ BOM DIA!ESTÁ UM LINDA MANHÃ,NÃO É MESMO?
_SIM.O QUE O SENHOR FAZ POR AQUI?
_ ESTOU DESCANSANDO UM POUCO,POIS VIM DE MUITO LONGE EM BUSCA DA ÁRVORE DA FELICIDADE...
HARU E ANISAN LEVANTARAM AS ORELHAS,CURIOSOS:
_ NÃO SABÍAMOS QUE ESSA ÁRVORE FICAVA POR AQUI...
_ E NÃO FICA...NESSE LUGAR ESTÁ O PORTAL QUE NOS LEVA ATÉ ELA.
_ UM PORTAL?
_ SIM,MAS NÃO É FACIL CHEGAR LÁ.PRECISA TER BOAS PERNAS PARA SUBIR AQUELA MONTANHA E EU JÁ ESTOU MEIO VELHO...


AS CRIANÇAS OLHARAM A GRANDE MONTANHA À SUA FRENTE E PENSARAM NÃO SER TÃO DIFICIL ESCALÁ-LA.
FOI NESSE MOMENTO QUE O VELHO PROPÔS:
_ POR QUE VOCES NÃO ME AJUDAM A SUBIR?EU POSSO MOSTRAR ONDE FICA O PORTAL PARA VOCES..
OS IRMÃOS SE ENTREOLHARAM.O VELHINHO PARECIA SER BONZINHO E ESTAVA TÃO CANSADO QUE CONCORDARAM E COMEÇARAM A CAMINHADA.
MESMO TENDO UM CAJADO O VELHO SUBIU COM DIFICULDADE,E AS CRIANÇAS TIVERAM QUE APOIA-LO TODO O TEMPO.
LÁ EM CIMA,AVISTAVA-SE TODA CIDADE E ELES RESPIRARAM FUNDO QUANDO CHEGARAM.
_ E AGORA?_ PERGUNTARAM.ONDE ESTÁ O PORTAL?
_ ESTÁ BEM Á NOSSA FRENTE...MAS SÓ QUEM TEM O CORAÇÃO PURO PODE VER...
AS DUAS CRIANÇAS OLHARAM AQUELE IMENSO PRADO VERDE,E NADA CONSEGUIAM VER.
_ NÃO VEMOS NADA...RECLAMOU ANISAN.
_ OLHEM COM OS OLHOS DA ALMA...DISSE O VELHINHO...ESTÁ ALI,BEM À NOSSA FRENTE.EU JÁ ESTOU VENDO...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

De salto alto




DE SALTO ALTO
( Anne Lieri)


De salto alto a menina, se vestia de mulher.

Sempre que a mãe se distraia, Mariana pegava o seu sapato mais bonito e começava a andar de lá para cá, se equilibrando no salto!

Era bom ser moça “grande”, ser bonita, ser faceira!

Mariana pegava um vestido florido, passava batom e colocava saiotes na cabeça para parecer que seus cabelos eram bem longos!

Toda moça bonita tinha cabelos compridos!

A mãe já não ralhava: achava graça vendo o desfile da filha, a vaidade a olhar-se no espelho!

Mariana cresceu e teve muitos saltos altos pela vida!

Só que, de repente, já não era tão divertido se equilibrar todos os dias: os pés doíam, ficava cansada de andar com eles, mas o emprego exigia!

Resolveu então, descer do salto!

Que se danem as convenções!

Com um scarpim bem baixinho chegou ao escritório: todos olharam, surpresos!

Onde estão os saltos da Mariana?

Não havia mais salto algum, mas os pés felizes, agradeciam e no rosto da mulher, agora havia um sorriso de menina!

Começou a ouvir melhor e a enxergar muito bem as pessoas, porque daquela altura que vivia antes, isso era praticamente impossível!

E Mariana foi bem mais feliz!



sábado, 16 de abril de 2011

Mais um dia




MAIS UM DIA
( Anne Lieri)


O dia amanheceu com o sol se espreguiçando,lá no alto!
As plantinhas estavam felizes com a chuva da noite e,orvalhadas,pareciam espertas e bem acordadas!
No céu,os passarinhos cantavam alegres,voando de cá para lá.
― Acordem! Acordem,seus preguiçosos! Já amanheceu! ― eles gritavam.
No jardim,as flores despertavam lentamente.
― Cadê o sol? Cadê o sol?― procurava o ansioso girassol.
― Calma, senhor Girassol! Ele ainda está escovando os dentes!― acalmava a pequena margarida sorridente.
A rosa se espreguiçava,arrumando suas pétalas.
― Bom dia,dona Rosa! ― falou o cravo,gentilmente.
― Não olhe pra mim,senhor Cravo! Eu ainda estou toda despetalada...― desculpou-se a vaidosa rosa.
Assim,o novo dia ia chegando.
A cigarra,que cantou a noite inteira,arrumou um cantinho para cochilar.
As formigas animadas,já trabalhavam,carregando suas folhinhas.
Dona Joaninha colocou seu vestido de bolinhas para seu passeio matinal.
Tatu bola desfez sua bola e foi buscar seu café da manhã.
As borboletas já voavam,de flor em flor,colorindo e alegrando por onde passavam.
Começava mais um dia no jardim...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Noite mágica



NOITE MÁGICA!
( Anne Lieri)


De repente ouviu-se um choro de criança!
As estrelas espremiam-se no céu para ver o menino,
Mas apenas uma pode aproximar-se:
A estrela de Belém que tudo iluminava!
Um silencio ensurdecedor se fez no lugar...
E quem quisesse podia sentir esse silencio ao longe!
Algo mágico acontecia!
O que seria?
No pequeno celeiro os animais ficaram em reverência.
A vaca não mugia.
O burro não relinchava.
A ovelha não balia.
Todos presenciando aquela cena milagrosa!
Nasceu o menino!
O menino especial!
A mãe o cobriu com farrapos e o acalentou.
O pai fazia tudo para deixá-los mais confortáveis.
Começam a chegar as visitas.
Um pastor.
Depois outro.
E mais outro.
Ajoelharam-se diante da magia.
Nasceu o menino que iria salvar os homens!
Naquela noite nasceu o menino dentro de cada homem que assim desejou!
E depois viriam os reis reverenciar o rei dos reis, guiados pela estrela de Belém.
Nasceu o menino Jesus!
E o Natal se fez!
Noite feliz!





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