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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Eu também já fui criança- Evanir

Eu também já fui criança


(Anne Lieri)





Nosso projeto Infância continua hoje em sua 8ª edição.

Visite nossos entrevistados anteriores clicando aqui.

Hoje a nossa convidada para falar de sua infância é a:
Evanir do blog “A viagem




Conte uma passagem da sua infância, ou em poucas palavras, o que se lembra de bom e/ou ruim nessa fase.


Na minha infância nunca tive um brinquedo, porque meus pais eram muito pobres.

Precisava ajudar o meu pai com as tarefas do campo,o que me fazia feliz era devorar os livros que chegavam às minhas mãos.

Às vezes sem condições de comprá-los, lia e relia o mesmo livro várias vezes e com eles eu me tornava a princesa, a mocinha e o meu príncipe sempre chegava.




Tinha alguma boneca ou brinquedo preferido?


Minha boneca era boneca de espiga de milho,como descrevo em meu livro.


Livro de Evanir á venda com a autora em seu blog.

Acariciava os cabelos da espiga de milho.

Na minha inocência dava asas à imaginação e via na boneca cabelo de todas as cores.



Na escola dava muito trabalho?

Na escola nunca dei trabalho para as professoras.

O período que ficava na sala de aula eram momentos felizes, momentos de lazer por conviver com outras crianças.

Podia brincar como também, ficava livre do trabalho do campo.




O que queria ser quando crescesse?

Meu sonho era continuar estudando para viver uma vida melhor, com mais oportunidades.

Sonhava em viajar, sempre desde pequenina tive fascinação por Portugal, mas o sonho mais importante era depois de formada poder oferecer uma vida melhor aos meus pais,que tanto se sacrificaram por mim e por minha irmã.





Deixe uma mensagem para as crianças.



Minha mensagem às crianças:

Crianças levem muito a sério os estudos, brinquem como crianças,
mas pensem sempre num futuro melhor e mais bonito.

De nada vale um dia vocês receberem uma herança se não tiver estudado para saber multiplicá-la.
Àqueles que nada têm para receber e terão de lutar pelo pão de cada dia,terão oportunidades melhores na vida se tiverem estudado.

Mas não se esqueçam que cultura não humaniza ninguém,muito importante vocês aprenderem os verdadeiros valores da vida.
Estes não têm dinheiro que compre, estes vêm de dentro da alma e são mais importantes e valiosos que qualquer coisa.

O mundo tem muitas coisas boas e belas para oferecer, mas também,
tem um lado desumano, ruim e só os bons sentimentos poderão livrá-los desta maldade.
Só os bons sentimentos, os verdadeiros valores poderão transformar o mundo.

Amem sempre, sempre.



Muito obrigada, Evanir por sua entrevista aqui no Menina voadora!










* as imagens desta entrevista são do Google e do blog de Evanir.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Eu também já fui criança- Toninho Bira






Nosso projeto Infância continua hoje em sua 7ª edição.

Já tivemos a Chica, a Verena, a Tina, a Luconi, a Beth Lilás e a Maria Luiza.


Clique aqui e reveja!


Hoje  nosso convidado para falar de sua infância é Toninho Bira do blog: Mineirinho.






Conte uma passagem da sua infância, ou em poucas palavras, o que se lembra de bom e/ou ruim nessa fase.


Ser criança numa cidadezinha de interior nas décadas de 50 e 60 tem lá suas vantagens. Assim tive uma infância feita de amizade e interação com as crianças da minha rua e bairro. Uma coisa que lembro, era da expectativa e euforia pelo recebimento das cestas de natal doada pela Companhia Vale do Rio Doce, porque naquela pobreza a gente não podia ter os brinquedos prontos e nesta cesta sempre vinha um brinquedo para cada criança filha dos empregados, bem como as iguarias que só víamos nesta cesta. Era um bairro operário feito por esta empresa para seus operários das minas de mineiro de ferro.  Esta é uma lembrança boa que trago desta infância.


Tinha algum carrinho ou brinquedo preferido?




Na minha infância brinquedo significava carrinho de madeira ou os próprios carrinhos que construíamos com as latas de marmelada, sardinha e os pequenos caixotes de goiabada Cascão. Tinha uma brincadeira que gostava muito era o Finca (Precipício era o nome usado lá em Itabira) muito praticada em período pôs chuva em que a terra fica úmida. Consistia de usar um pequeno finco que a gente mesma fazia com arames ou pedaço de ferro. O jogo consistia de atirar ao chão fincando a haste e criando uma área delimitada, para seu adversário passar. Hoje com o advento da violência, não creio que esta brincadeira seja permitida e ou incentivada. Mas era a bola de meia ou de borracha no futebol e a bola de gude, que reunia todos os meninos da rua. Vivíamos na influencia do futebol do eixo Rio-São Paulo imitando os famosos jogadores como Garrincha, Pele. De nossa turma alguns seguiram pelo futebol ate ao profissionalismo no time da Valeriodoce, que pertencia à empresa Vale do Rio Doce. Eu fui um deles.


Na escola dava muito trabalho?


Naquela época naquele interior só poderia ir para a escola crianças com sete anos completos, assim as crianças nascidas no mês de março só poderiam entrar no ano seguinte, o que me fez ter acesso somente aos oito anos. Era o ano de 1964(sic), devido este impedimento, meu pai me colocou numa aula particular com uma senhora lá próximo de minha casa. Assim quando fui para o Grupo Escolar Professor Emilio Pereira de Magalhaes, eu já sabia escrever, ler e fazer contas de dividir até por quatro algarismos. Assim fui um bom aluno que se aprovava sem dificuldades e tinha um comportamento de bom menino na escola.


O que queria ser quando crescesse?


O fato de ter feito o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) despertou em mim uma profissão de eletricista e o fascínio fez com que eu sonhasse ser um engenheiro eletricista. Mas para isso tinha que largar tudo, família, emprego e viver na capital Belo Horizonte ou na cidade de Ouro Preto a mais próxima. Uma decisão muito difícil para um jovem de família pobre. Após muito pensar e ser desaconselhado, fui para São Paulo e posteriormente Belo Horizonte onde conclui o curso de Engenharia Elétrica na Universidade Católica. Mas quando criança, meu sonho era crescer e dirigir um daqueles caminhões grandes da Vale Rio Doce, como sonhava todo menino daquela época, rsrs.


Deixe uma mensagem para as crianças.


Criança seja educada e respeitadora. Brinque muito de maneira educada e busque ser companheiro sempre. Seja responsável com os estudos e o faça com prazer. Seja teimoso nos seu sonho de ser um profissional no que escolher, mas tente descobrir a que melhor se aproxime de seus sonhos, sem buscar uma por status ou porque dizem que dá muito dinheiro para quem a exerce. Lembre-se que o prazer é se realizar como pessoa e profissional para não será um adulto frustrado.

Toninho.



Obrigado Anne pela entrevista que me fez dar uma volta ao passado e rever pessoas e momentos que ilustram minha vida.


Eu que agradeço, Toninho! 
Sua infância, com certeza vai trazer lembranças a muitas pessoas!
Momentos que me emocionaram também!
Beijos da Anne!





* as imagens desta postagem são do Google e do acêrvo pessoal do Toninho Bira.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Eu também já fui criança- Maria Luiza

Eu também já fui criança

(Anne Lieri)



Nosso projeto Infância continua hoje em sua 6ª edição.

Já tivemos a Chica, a Verena, a Tina, a Luconi e a Beth Lilás.

(Clique aqui para ver)







Maria Luiza em foto do seu blog.



Hoje a nossa convidada para falar de sua infância é a MariaLuiza do blog: Casa da alquimia.










Conte uma passagem da sua infância, ou em poucas palavras, o que se lembra de bom e/ou ruim nessa fase.


Anne, minha infância foi maravilhosa, apesar de ter perdido meu pai aos oito meses de idade e minha mãe ter voltado a morar com minha avó. Ela se pôs a costurar para me criar e não ser um peso ao irmão dela que dirigia a fazenda.

As fazendas eram vizinhas, cresci com minhas tias, primas e primos. Os adultos eram muito sérios  e proibíamos de muitas coisas, como nadar no rio, andar a cavalo, entrar no moinho por causa dos maquinários. Fazíamos tudo escondido. 

No pomar, eu adorava brincar de navio pirata no pé de tangerinas. Eu ficava em pé no galho segurando-me pelos galhos das laterais eu me balançava de baixo para cima e eu gritava "terra a vista". Nunca me esqueci desse pé de tangerinas. Brincava também de mocinho e bandido do Farwest e amava dizer a palavra algo!




 Mãe da Maria Luiza


Minha mãe me levava ao cinema sempre. Mesmo assim havia algo em mim que me fazia sentir diferente das outras crianças. 

A questão do sobrenome mexia muito, pois todos eram Colombo como minha mãe, só eu era Saes. Quando percebi que um primo meu assinava Saes e Colombo, comecei a fazê-lo. Virei pilhéria pro meu tio e riram de mim.Fiquei muito envergonhada! Também o episódio dos dias das mães me foi doloroso descobrir que era minha mãe que me dava o dinheiro para comprar o presente.





Tinha alguma boneca ou brinquedo preferido?


Inventávamos nossos próprios brinquedos! Carretel vazio, de madeira, era sapato de salto, botão de paina da grande paineira era batom, tijolo envolvido em retalhos eram as bonecas. 


Eu amava brincar de casinha e enfeitá-la. Procurar caquinhos de louças era a minha paixão e acredite até hoje eu guardo caquinhos bonitos em vasos!

 Colocava flores em vidrinho. Minha casinha era linda e muito bem decorada!





Na escola dava muito trabalho?

Na fazenda tinha escola e a professora dormia no quarto de minha mãe e sempre eu ouvia as conversas. Um dia a professora disse que eu escrevia bem, mas eu ia além do pedido e contou sobre uma gravura de vaca e eu fui parar nas touradas de Madri, tal era a minha imaginação!

Depois do 3º ano íamos ao patrimônio, a pé por três quilômetros e que medo: passávamos com as vacas dos parentes na beira da estrada!





O que queria ser quando crescesse?

Eu adorava imitar minhas professoras e graças eu dou à minha mãe que soube me conduzir a esse caminho.


Ela me formou com muitos sacrifícios debruçada numa máquina de costuras e eu lecionei com paixão!




Deixe uma mensagem para as crianças.

Anne, diferentemente de mim que tive uma super hiper infância e de a tardinha deitar na grama e ficar contando a primeira, segunda estrelinha até o céu ficar iluminado eu não deixarei uma mensagem às crianças.

Deixo para os pais que permitam a seus filhos brincarem. Tire-os da violência dos inocentes desenhos animados, jogos de video game. Leve-os a algum sítio, chácara ou fazenda, ensina-os a contar estrelinhas no céu, a acharem algum navio pirata e por aí a fora!



Obrigada por essa volta que dei à minha infância. Deus lhe abençoe



Maria Luiza, eu que agradeço esse lindo relato que trouxe para o meu blog.

Você foi e ainda é uma menina voadora!

Tenho certeza que todos irão adorar! 

Beijos da Anne!







* as imagens desta postagem são do Google e do acêrvo pessoal da Maria Luiza.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Eu também já fui criança- Beth Lilás

Eu também já fui criança

(Anne Lieri)





Nosso projeto Infância continua hoje em sua 5ª edição.

Já tivemos a Chica, a Verena, a Tina e a Luconi.


Reveja aqui.



Hoje a nossa convidada para falar de sua infância é a Beth Lilás do blog: Mãe Gaia.






Conte uma passagem da sua infância, ou em poucas palavras, o que se lembra de bom e/ou ruim nessa fase.



Eu tive uma infância boa e bem dividida com minha irmã e meu irmão. Sou a mais velha dos três e, curiosamente, três Arianos e mais meu pai, Ariano também, contra a pobre da minha mãezinha a única diferente, Capricorniana, boazinha e ao mesmo tempo firme, ajudou-nos na formação moral, psicológica e intelectual, conseguia botar ordem no pedaço e criou-nos sob a proteção e cuidados que toda criança merece, sempre com muita doçura.


Lá em casa a gente dividia alguns afazeres e como eu sempre gostei de coisas bonitas e decoradas, ficava com as arrumações da casa e minha irmã ajudava indo às compras ou fazendo algo na cozinha com minha mãe. Meu irmão, como todo garoto criado na década de 60, tinha as mordomias do mundo machista da época, ou seja, quase nada fazia, a não ser perturbar com suas brincadeiras de bola nas paredes da casa.

Morávamos numa vila, no bairro do Méier-RJ e brincávamos sempre pela manhã até o sol banhar grande parte da vila. Aí, era hora de tomar banho, almoçar e ir para a escola que era pública e a melhor da época. Íamos de bonde e o motorneiro nos deixava na porta da escola com todo cuidado. Os tempos eram outros e tinha gentileza e educação, até mesmo nas pessoas mais simples em suas profissões.




Tinha alguma boneca ou brinquedo preferido?


Eu gostava de brincar de boneca, tinha uma a cada ano que ganhava no Natal, mas eu tinha uma amiguinha vizinha que o pai trabalhava num super bazar infantil e levava pra ela, sempre, variados brinquedos que ela gostava de dividir conosco nas brincadeiras diárias. 


A gente brincava de panelinhas, fazer comida com terra e água; brincávamos de roda, de amarelinha, de pera, uva e maçã, de pique e queimada, e, geralmente à noitinha era a hora da brincadeira de desfile de misses e, nós, as meninas, tirávamos os sapatos altos e algumas roupas do armário das mães e desfilávamos até para nossos pais que, na época, sentavam-se para brincar com as crianças no final do dia.

Isto foi antes do advento da televisão, porque quando ela chegou, aí já éramos maiorzinhos e também gostávamos de assistir juntos o Chacrinha e programas direcionados para a criançada da época. Tempo bom!





Na escola dava muito trabalho?



Não, eu era boazinha, comportada até, mas era sempre muito risonha e às vezes dispersiva. Se levava alguma bronca da professora era porque estava rindo de alguém ou de alguma coisa. 

Gostava de ter meu material escolar bonitinho, encapado com cuidado pela minha mãe ou meu pai e amava lápis de cores, eu fui uma felizarda porque meu pai sempre me presenteou com aquelas caixas lindas de lápis coloridos. Eu perdia horas brincando de pintar álbuns ou fazer trabalhinhos escolares. 

Eu era craque em trabalhos de cartolina para apresentação, geralmente tirava nota 10, o que me ajudava a melhorar as notas escola


O que queria ser quando crescesse?


Bem, como toda garota criada nos anos 50/60, ser Professora era o sonho encantado das mães e de muitas de nós, então me direcionaram para isto, porém, ao me ver formada, trabalhei em coisas bem diferentes, mas na infância, gostava de dar aulas pros meus irmãos no quadro-negro que tínhamos em casa.


Uma vontade grande que eu tinha escondida e hoje não escondo de ninguém, era ser cantora.
Ahhhh como eu gostava de cantar!

 Fosse no banheiro ou em qualquer lugar, eu sempre gostei e gosto, mas agora não tenho mais voz para isso.



Deixe uma mensagem para as crianças.


Que não devem perder a oportunidade de levantar do sofá ou da cadeira em frente ao computador e ir ao encontro do dia, do sol, de brincar bastante com outros amiguinhos, de andar descalço nas águas rasas de um riacho ou pegar a
Chuva fininha que cai às vezes na volta das aulas. 

Nem sempre é necessário abrir um guarda-chuvas, pois a alegria é geralmente sentida quando podemos ficar felizes com pequenas coisas e a natureza está aí para nos dar
de graça a verdadeira alegria pro coração.



Obrigada Beth por essa maravilha de entrevista!




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