O amigo de Melissa
(Anne Lieri)
Desde
que a família Jones se mudou para a antiga casa no interior, a pequena Melissa
passou a ficar esquisita.
Aos
quatro anos era natural a brincadeira com bonecas, mas sua mãe notou logo nos
primeiros dias, que Melissa já não as procurava, preferindo ficar sozinha.
Sentada
no chão do seu quarto passava horas falando consigo mesma, como se estivesse
atuando numa peça de teatro.
Com
a experiência de outros filhos, os pais não se preocuparam á principio, pois
era um comportamento comum nessa idade.
Entretanto,
Melissa desenvolveu uma atitude hostil frente a algumas situações. Um dia ao
brincar no quintal com seus irmãos empurrou um deles no balanço com tanta força
que o garoto caiu e se machucou.
Ao
ser questionada por sua agressividade, ela apenas respondeu:
_
Foi o Simon que mandou...
_
Simon? Quem é Simon, filha?
_
Simon é meu novo amigo, não está vendo? – e a menina apontava o vazio ao seu
lado para o espanto de todos.
O
tempo foi passando e a garota continuou cada vez mais maquiavélica,
arquitetando planos para derrubar as crianças, faze-las escorregar, cair e até
se sufocarem. Melissa Jones sempre colocava a culpa em Simon.
Os
pais começaram a pesquisar sobre o histórico daquela casa e descobriram que ali
havia vivido um homem que matara sua esposa na presença de seu filho pequeno
que se chamava Simon.
Chamaram
um padre para benzer a casa e Melissa ficou em transe. Ao perguntarem seu nome
ela respondeu:
_
Simon.
A
partir daí fizeram orações pela alma dessa criança que foi resgatada por anjos
e Melissa Jones nunca mais viu seu amigo imaginário.
Essa é minha participação na BC da Patricia Galis.
Cliquem no nome do blog e participem:
15 comentários:
Belíssima participação, Anne
Gostei demais!
Desejo um ótimo dia oara você
Beijinhos de
Verena e Bichinhos
Participação boa, Anne, instigante e psicológica, também espiritual!
Há tantos casos assim...
Um abraço grandão...................................................
Que medoooooooo rs...
bjokas =)
História com muita imaginação Anne. Mostras a tua versatilidade.
Bjs
De arrepiar!Essas coisas existem verdadeiramente! Contaste muito bem! beijos praianos,chica
Querida Anne
Quanta imaginaçao! Parabens
Beijinho
Beatriz
Adoooorei a tua história Anne,dentro da doutrina conhecemos diversas deste estilo, ,não tão bem contada como essa, obrigada Anne pela gentileza, Um abraço com muito carinho Celina.
Tia Anne, vovó falou que a minha mamãe quando era pequena tinha um amiguinho imaginário, mas ele era bonzinho!
Beijinhos
Pedrinho
O imaginário é a nossa válvula de escape, ou de ilusões e, até mesmo de perseguições!
Abraço.
Ainda bem que Simon foi para luz...
Abçs
Fiquei arrepiada com a estoria Anne gosto de escritos assim rsrs, amei e obrigada pela participação.
Um conto maravilhoso, Anne.
Sempre acho que o místico se manifesta em tudo na nossa vida. Os amigos imaginários são como uma espécie de porta e entrada, sinto assim.
Muito bem-escrito!
Beijos e ótimos dias!
Forte participação amiga Anne ! Um conto de prender a atenção do leitor.
Beijo no coração !
Fernanda Oliveira
Que legal seu conto eu amei gosto deste genero.
Oi, Anne, como vai? O que mais achei dessa blogagem é ver as diferentes maneiras de interpretação. A sua seguiu uma linha mais sobrenatural, relacionada aos mortos, bem interessante. Um abraço!
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