Eu
também já fui criança
(Anne
Lieri)
Nosso
projeto Infância continua hoje em sua 5ª edição.
Já
tivemos a Chica, a Verena, a Tina e a Luconi.
Reveja aqui.
Hoje
a nossa convidada para falar de sua infância é a Beth Lilás do blog: Mãe Gaia.
Conte
uma passagem da sua infância, ou em poucas palavras, o que se lembra de bom
e/ou ruim nessa fase.
Eu
tive uma infância boa e bem dividida com minha irmã e meu irmão. Sou a mais
velha dos três e, curiosamente, três Arianos e mais meu pai, Ariano também,
contra a pobre da minha mãezinha a única diferente, Capricorniana, boazinha e
ao mesmo tempo firme, ajudou-nos na formação moral, psicológica e intelectual,
conseguia botar ordem no pedaço e criou-nos sob a proteção e cuidados que toda
criança merece, sempre com muita doçura.
Lá
em casa a gente dividia alguns afazeres e como eu sempre gostei de coisas
bonitas e decoradas, ficava com as arrumações da casa e minha irmã ajudava indo
às compras ou fazendo algo na cozinha com minha mãe. Meu irmão, como todo
garoto criado na década de 60, tinha as mordomias do mundo machista da época,
ou seja, quase nada fazia, a não ser perturbar com suas brincadeiras de bola
nas paredes da casa.
Morávamos numa vila, no bairro do Méier-RJ e brincávamos
sempre pela manhã até o sol banhar grande parte da vila. Aí, era hora de tomar
banho, almoçar e ir para a escola que era pública e a melhor da época. Íamos de
bonde e o motorneiro nos deixava na porta da escola com todo cuidado. Os tempos
eram outros e tinha gentileza e educação, até mesmo nas pessoas mais simples em
suas profissões.
Tinha
alguma boneca ou brinquedo preferido?
Eu
gostava de brincar de boneca, tinha uma a cada ano que ganhava no Natal, mas eu
tinha uma amiguinha vizinha que o pai trabalhava num super bazar infantil e
levava pra ela, sempre, variados brinquedos que ela gostava de dividir conosco
nas brincadeiras diárias.
A gente brincava de panelinhas, fazer comida com
terra e água; brincávamos de roda, de amarelinha, de pera, uva e maçã, de pique
e queimada, e, geralmente à noitinha era a hora da brincadeira de desfile de
misses e, nós, as meninas, tirávamos os sapatos altos e algumas roupas do
armário das mães e desfilávamos até para nossos pais que, na época, sentavam-se
para brincar com as crianças no final do dia.
Isto foi antes do advento da televisão, porque quando ela chegou, aí já éramos maiorzinhos e também gostávamos de assistir juntos o Chacrinha e programas direcionados para a criançada da época. Tempo bom!
Na
escola dava muito trabalho?
Não,
eu era boazinha, comportada até, mas era sempre muito risonha e às vezes
dispersiva. Se levava alguma bronca da professora era porque estava rindo de
alguém ou de alguma coisa.
Gostava de ter meu material escolar bonitinho,
encapado com cuidado pela minha mãe ou meu pai e amava lápis de cores, eu fui
uma felizarda porque meu pai sempre me presenteou com aquelas caixas lindas de
lápis coloridos. Eu perdia horas brincando de pintar álbuns ou fazer
trabalhinhos escolares.
Eu era craque em trabalhos de cartolina para
apresentação, geralmente tirava nota 10, o que me ajudava a melhorar as notas
escola
O
que queria ser quando crescesse?
Bem,
como toda garota criada nos anos 50/60, ser Professora era o sonho encantado
das mães e de muitas de nós, então me direcionaram para isto, porém, ao me ver
formada, trabalhei em coisas bem diferentes, mas na infância, gostava de dar
aulas pros meus irmãos no quadro-negro que tínhamos em casa.
Uma
vontade grande que eu tinha escondida e hoje não escondo de ninguém, era ser
cantora.
Ahhhh
como eu gostava de cantar!
Fosse no banheiro ou em qualquer lugar, eu sempre
gostei e gosto, mas agora não tenho mais voz para isso.
Deixe
uma mensagem para as crianças.
Que
não devem perder a oportunidade de levantar do sofá ou da cadeira em frente ao
computador e ir ao encontro do dia, do sol, de brincar bastante com outros
amiguinhos, de andar descalço nas águas rasas de um riacho ou pegar a
Chuva
fininha que cai às vezes na volta das aulas.
Nem sempre é necessário abrir um
guarda-chuvas, pois a alegria é geralmente sentida quando podemos ficar felizes
com pequenas coisas e a natureza está aí para nos dar
de
graça a verdadeira alegria pro coração.
26 comentários:
Adorei!
E como ariana que sou, me vi nela e a vi em mim.
Muito em comum, como os trabalhos caprichados em cartolinas, fazer comidinha com terra, ajudar nas atividafes de casa, sendo arrumação a minha especialização...
Queria e sou professora que pouco ensinou, o sonho é mais bonito que a realidade, fiquei com ele.
Beijos multicores para as duas :)
Que lindo ler a Beth e rever tantos momentos lindos da infância! Adortei! bjs praianos às duas,chica
oi Anne,
adorei,
nossa como é bom a gente conhecer um pouquinho mais das pessoas,
e principalmente dessas pessoas quando ainda eram crianças...
parabéns pela iniciativa...
beijinhos
A infância da Beth foi maravilhosa...adorei!!
Abraços carinhosos pr ati Annie
Que linda história de vida! Com um alicerce desses só podíamos ter uma Beth de primeiríssima grandeza!
Abraços.
Bom dia Anne, adorei a entrevista com Beth e me revi em muitos aspectos!
Até a mensagem final bem ao meu jeito;)!
Beijinhos e bom fim de semana.
Ailime
(Muito obrigada pelo carinho lá no sinais)
Oi oi oi! Brigadinha, gente, pelos comentários carinhosos!
Eu disse pra Anne que dar esta entrevista a ela foi um presente pra mim, pois pude revisitar minha infância e ver como ela foi boa mesmo.
Portanto, Anne, mais uma vez agradeço seu convite para estar aqui no seu pedaço que tanto admiro.
Valeu gente!
um super mega beijo carioca a todas.
Muito legal essa interação, a gente conhece bastante gente legal
bjokas =)
É muito bom saber como foi a infância dos nossos amigos.
Parabéns Anne,
bjs e um ótimo final de semana.
Carmen Lúcia
Ler sobre a infância é sempre renovar as lembranças da nossa! Obrigada Anne Lieri por sua visita... encantada. Abraços Poéticos desta CaipiracicabANA
A infância da Beth foi muito feliz!
que bom vê-la aqui nos contando suas historias!
beijos zizi
Boa tarde Anne.
Muito linda a infância da Beth.
Um fds maravilhoso.
Beijos.
Boa noite, Anne
Que bela a infância da Beth.
Beijos com carinho.
Olha, que delícia a entrevista da Beth! Sempre é bom ler;falar sobre a infância, não é mesmo? Viajei com vocês. Um abraço!
Muito gostoso ler sobre a Lilás menina, uma época tão gostosa, e deixa-nos uma importante mensagem, bjos Luconi
Olá Anne, gosto muito de "voar" por aqui entre seus belos textos. Tenho estado um pouco ausente , pois tenho dividido meu tempo entre lar e hospital com minha mãe internada já há 10 dias. Vi que já postou belos textos. como sempre. Amei a entrevista com a Beth. é sempre bom lembrar acontecimentos felizes. SuA ENTREVISTA DEIXA PRÁ NÓS O EXEMPLO DA UNIÃO E FAMÍLIA BEM ESTRUTURADA QUE CULMINA TB NUM ADULTO REALIZADO. bJS . bOM FINAL DE SEMANA.
Que belo e interessante poster. Muito bom. bjssss
Gostei de saber sobre a Beth, Anne
Um beijinho carinhoso para ambas de
Verena e Bichinhos
Oi, Anne! Oi, Beth!!
O bom das lembranças é que quando compartilhada, somam-se às nossas, pois elas aparecem em nossa mente como se brotassem. Tenho que dar os parabéns para os pais da Beth que a educaram tão bem! Foi feliz na infância e isso lhe deu suporte para enfrentar a vida com coragem!
Beijus,
Olá, querida Anne e Beth
Já participei de várias oportunidades falando da minha infância e gosto de ler a da amigas porque me remetem à minha...
Muito bom ver a suavidade das respostas da Bethinha...
Morava no Méier- bairro chique na época... rs...
Bjm fraterno de paz e bem às duas
Lindeza nossa amiga Bethita! Infância gostosa que partilhei assim tb. Eram outros tempos. Parabéns Anne e Beth.
Beijuuss proces
Que bom ler a infância de Beth, que é tão querida.
Ela teve uma infância feliz e cheia de amor.
Anne, essa sua iniciativa nos deixa mais próximas nessa blogosfera.
Xeros para as duas.
Que lindo Anne.
Conhecer a infância da Beth. Amei.
Me vi em muitas cenas de seu relato.
Bjs.
Que lindo Anne.
Conhecer a infância da Beth. Amei.
Me vi em muitas cenas de seu relato.
Bjs.
Anne e Beth, que bom poder falar da nossa infância, quando nos lembramos, pq não me lembro nada da minha! Mas sei que foi feliz e dentro do normal, algo meio parecida com a da Beth, só que sem os lápis de cor, que não tive..rs Mas acho que nunca me traumatizou.
Beijo nas duas.
Querida Anne
Uma entrevista maravilhosa!
Alguém que teve bons pais,uma infância feliz,um bom acompanhamento.
Foi sóbria nas suas palavras,mas disse tudo.
Parabéns
Um beijinho
Beatriz
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